O diagnóstico rápido da parada cardiorrespiratória (PCR), a pronta instituição dos suportes básico e avançado de vida, incluindo a desfibrilação elétrica e o uso precoce e agressivo de agentes farma cológicos vasopressores, seguidos de cuidados especiais em unidade de terapia intensiva, são princípios considerados básicos e fundamentais para o sucesso da ressus citação cardiorrespiratória (RCR).
Tendo em vista que o fluxo sangüíneo anterógrado gerado pelas manobras tradicionais de RCR a tórax‑fechado é usualmente muito baixo, o uso de medicamentos específicos pode melhorar a eficácia destas manobras, permitindo um aumento nas taxas de recuperação da circulação espontânea e de boa evolução neurológica nos pacientes vítimas de PCR.
O presente artigo tem por finalidade revisar e discutir as bases fisiológicas para o uso de vaso pressores durante o suporte avançado de vida no atendimento da PCR, com enfo que especial para a adrenalina (vasopressor adrenérgico‑padrão) e a vasopressina (vasopressor não adrenérgico). Pelo fato de aumentarem o tônus vascular periférico, aumentando conseqüentemente as pressões de perfusão coronariana e cerebral, o uso precoce e agressivo de agentes farmacológicos vaso pressores na RCR é enfatizado.